O mini basquete, o jogo das duas ações | LG Basquet Brasil Versão em espanhol
LG Basquet Associação LG LG Basquet ch
O mini basquete, o jogo das duas ações

O mini basquete, o jogo das duas ações

Com o correr dos estímulos e a compreensão profunda de sequenciar ações, as partidas ganharão em intensidade e melhorará o jogo sem a bola. O objetivo é que os jogadores consigam auto gerir a regra.

25 / 01 / 2021

A complexidade do mini basquete é um conceito que se fundamenta em sua condição de esporte de invasão, tal como explica o professor Pablo Genga em seu artigo O que acontece depois. A análise perceptiva, cognitiva, social, emocional e motora reafirmam esta condição. “Jogar bem o basquete é difícil”, costumam dizer. A incerteza e o contexto do jogo respaldam esta sensação. Justamente esse “o que acontece depois” nos faz buscar uma alternativa didática que dê continuidade para abordar as variações do jogo com ferramentas simples e de impacto concreto.

Associação LG 2021 - Especialização no mini basquete

Todos nós, formadores e formadoras, direta ou indiretamente, reconhecemos essa complexidade e, a partir daí, buscamos alternativas que nos permitam concretizar uma transposição didática o mais amigável e eficiente possível para nossos jogadores e jogadoras.

O conceito de Duas ações simplifica a ideia de dar dinamismo ao jogo desde o início do processo de ensino. O objetivo é instalar a habitualidade de somar uma segunda ação na principal. Estes são alguns exemplos de sua aplicação na quadra:

  • Recebo e enfrento.
  • Rompo e descarrego.
  • Passo e corto.
  • Passo curto e passo longo
  • Ajudo na defesa e recupero.
  • Tomo um rebote defensivo e dou o primeiro passe.
  • Arremesso e balanço defensivo.

Neste sentido, se analisamos o jogo, sempre uma situação é seguida, ou deveria ser, por outra de forma imediata. Acostumar desde as etapas do mini basquete a gravar este sequência de ações é suavizar o caminho dos treinadores e treinadoras das categorias superiores.

Esta é uma forma metodológica que utilizo nas minhas práticas e com a que me identifico:

“Jogamos um 3x3 na quadra transversal com o conceito de “passo e...”, “arremesso e...”,  “defendo o meu jogador e...”, “driblo e...”. Sem chegar a sobre dirigir, busco que minhas instruções verbais construam pontes e automatizem este acoplamento de situações que impactam na fluidez do jogo em geral e no desenvolvimento do jogador e da jogadora, em particular.

Seguramente com o correr dos estímulos e a compreensão profunda do conceito, as partidas ganharão em intensidade (velocidade com mais precisão) e melhorará o jogo sem a bola, o qual trará uma participação significativa a um maior número de crianças.

Quando o grupo responde ao comando Duas ações, podemos somar o conceito de 1, 2 e 3 para reduzir o tempo de posse e acrescentar a agressividade ofensiva, bem entendida, de nosso grupo. Em um primeiro momento podemos ser nós, os formadores e as formadoras, que contamos o tempo 1, 2 e 3. Depois temos que obter que eles e elas auto gerenciem a regra.

Esclarecimento importante: buscar que o tempo improdutivo baixe em cada posse não deve se confundir com jogar apressado. Não há que deixar de avaliar. A resposta de cada grupo é o que nos indica até onde chegar. Com os grupos de iniciação recomendo somar estas alternativas paulatinamente e crescer junto à equipe na importância destes recursos. Aproveitemos a reflexão coletiva e os reforços positivos quando os gestos aparecem.

Não se trata de se tentar com a táticas coletivas fechadas (jogadas ofensivas), senão de criar estratégias que lhes deem protagonismo real às crianças a favor do percebo/penso e executo que nosso esporte nos demanda todo o tempo.

por Juan Lofrano

Tradução: Filipe Ferreira

Suscribite al Newsletter LG

NOVEDADES

O método CLA: aprender a partir das restrições
O método CLA: aprender a partir das restrições

O treinador Pablo Genga analisa o Constraints-Led Approach (CLA), uma metodologia que propõe problemas ao jogador para que ele os resolva.

E o que é a tactificação?
E o que é a tactificação?

Treinar a técnica individual de forma isolada tem pouca utilidade. É diferente ensinar a usar um gesto técnico para resolver um problema de jogo.

Desconstruindo a competição interna: estamos “roubando” jogadores?
Desconstruindo a competição interna: estamos “roubando” jogadores?

Os motivos, as aspirações, o projeto esportivo e o mito dos clubes pequenos. O treinador Juan Lofrano aborda um tema incômodo que impacta no nível institucional.

Correr como filosofia: 5 chaves para que sua equipe jogue em velocidade
Correr como filosofia: 5 chaves para que sua equipe jogue em velocidade

Como construir, a partir do treino cotidiano, uma cultura de jogo rápido e agressivo. O basquete mudou — a forma como o ensinamos também precisa mudar.

LG WhatsApp LG Telegram LG Facebook LG Instagram LG Twitter LG YouTube LG Spotify
© Copyright BASQUETLG - 2021