Ancorar conhecimentos significativos no mini basquete é uma ideia que não merece revisão, todos os formadores desejam que isso aconteça. É possível que os caminhos para alcançar isso sejam diferentes. Alguns mais próximos de métodos instrutivos e outros mais ligados à investigação como estratégia proeminente, mas a visão comum de que as aprendizagens sejam funcionais e estejam disponíveis para as etapas seguintes não está em debate.
Curso: A didática do mini basquete
Ensinar pouco e bem pode parecer uma visão pouco ambiciosa, pouco arriscada. No entanto, estou convencido de que é por aí o horizonte na iniciação esportiva. Tenhamos clareza sobre para onde estamos indo, nossa intencionalidade como objetivo e nossos conteúdos como ferramentas. Projetemos processos sistemáticos, com tempos singulares, com complexidade crescente, com desafios possíveis, planejados e, acima de tudo, avaliados. O conceito de repetir sem repetir como estratégia privilegiada.
Compartilho alguns princípios próprios do mini basquete que se encaixariam nessa categoria de pouco e bem.
- Jogo rápido, não ficar parado, não é o mesmo que jogar apressado.
- Gerar e desfrutar das vantagens. 1x1 vertical, passar e tocar, passar e cortar.
- Apreciar a diversidade, todos com oportunidade de sucesso.
- Uso inteligente de espaços. Diferenciar entre estar e ocupar.
- Passar e mover-se: duas linhas de passe na bola. O jogo de duas ações, sempre.
- Não duas penetrações consecutivas, regra do círculo quando o grupo permitir.
- Dominar o drible para usá-lo apenas quando necessário, o passe como o gesto mais social, os arremessos sozinhos (tática) e confortáveis (técnica), o trabalho de pés como sinônimo de coordenação.
- Defesa individual: base de todas.
- Gerenciar os espaços para controlar meu jogador e defender o jogo.
- Ajudar quem me ajuda: defesa de equipe, responsabilidade coletiva.
- Valorizar o esforço defensivo. O nós em sua máxima expressão.
Gosto da ideia de que nossos meninos e meninas são estudantes de jogadores e jogadoras de basquete. Defendendo essa posição, não apressemos etapas. Evitemos a especialização precoce, busquemos um equilíbrio entre o presente deles - sendo competentes onde jogam para cuidar de sua autoconfiança - e seu futuro, dando-lhes recursos para situações mais complexas que virão no futuro.
A aprendizagem profunda ou a aprendizagem inerte, frágil. Precisamos tomar uma posição.
por Juan Lofrano
O treinador Pablo Genga analisa o Constraints-Led Approach (CLA), uma metodologia que propõe problemas ao jogador para que ele os resolva.
Treinar a técnica individual de forma isolada tem pouca utilidade. É diferente ensinar a usar um gesto técnico para resolver um problema de jogo.
Os motivos, as aspirações, o projeto esportivo e o mito dos clubes pequenos. O treinador Juan Lofrano aborda um tema incômodo que impacta no nível institucional.
Como construir, a partir do treino cotidiano, uma cultura de jogo rápido e agressivo. O basquete mudou — a forma como o ensinamos também precisa mudar.