A situação é ampla e complexa. O avanço da pandemia faz ranger o esporte, em especial nas categorias inferiores. Por exemplo, as crianças que tem uma rotina consolidada perdem a possibilidade de fazer um salto de qualidade, reafirmar conceitos e ganhar confiança. E quem recém estava começando pode mudar seus hábitos e perder o entusiasmo.
O impacto nas famílias também é um tema a ser analisado. O caminho que percorreram para incentivar às crianças a fazerem atividade física, agora, com tantas horas dentro de casa, corre o risco de se diluir e ceder diante do abuso das tecnologias que alimentam o sedentarismo. É uma situação parecida a quem necessita do movimento para controlar problemas de estrese, ansiedade e hiperatividade: terão de voltar a começar.
I Congresso Internacional de Mini Basquetebol LG
No plano social, há quem necessita do esporte, sob recomendação profissional, para reforçar as relações interpessoais e a socialização. Haverá que gerar novos laços de amizade entre quem se vê afetado.
Desde o estritamente desportivo, para o desenvolvimento pessoal na esfera técnica e tática, para se aperfeiçoar levando em conta que nosso cérebro necessita da repetição para obter automatismos e melhoras. Para aqueles que estavam numa curva ascendente no que se refere às capacidades condicionais e habilidades motoras, as quais formam uma etapa fundamental para o crescimento.
A lista segue com os que necessitam da atividade física como tratamento para a obesidade infantil, para relaxar, recreação, se divertir, melhorar sua conduta e rendimento acadêmico. E, obviamente, para a sobrevivência financeira dos clubes.
É fundamental, nestas circunstâncias, olhar para frente. A realidade é a que é e não nos resta outra opção que não seja focar com o maior otimismo possível. Desde essa atitude, que é a única vencedora, há que se conscientizar, visualizar e valorizar a importância dos clubes nas atividades cotidianas das crianças, cada uma com objetivos diferentes.
É vital recuperar o entusiasmo, o compromisso e o amor pelo esporte redobrando os esforços para que as crianças sigam vinculados ao basquete desde suas casas ou em lugares permitidos. Há que seguir gerando hábitos saudáveis e fomentar os valores que envolva o esporte
Já é o momento de pensar e idealizar novas ferramentas estratégicas de difusão e reaproximação dos jogadores e das jogadoras para implementar nem bem a normalidade se reinicie. O pior que pode passar é lamentar deserções massivas. Para evitá-las, necessitamos do trabalho sinérgico de toda a comunidade do basquete.
por Prof. Esteban Velasco
Coordenador do Departamento de Mini Basquete de Tucumán
Tradução: Filipe Ferreira
O treinador Pablo Genga analisa o Constraints-Led Approach (CLA), uma metodologia que propõe problemas ao jogador para que ele os resolva.
Treinar a técnica individual de forma isolada tem pouca utilidade. É diferente ensinar a usar um gesto técnico para resolver um problema de jogo.
Os motivos, as aspirações, o projeto esportivo e o mito dos clubes pequenos. O treinador Juan Lofrano aborda um tema incômodo que impacta no nível institucional.
Como construir, a partir do treino cotidiano, uma cultura de jogo rápido e agressivo. O basquete mudou — a forma como o ensinamos também precisa mudar.